segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Resenha - A Vida Digital

Referência: NEGROPONTE, Nicholas. A Vida Digital. Rio de Janeiro, companhias das letras, 1995. Págs., 17 a 26(cap. 1) e 157 a 175 (cap. 13 e14).
O livro “A Vida Digital” do autor Nicholas Negroponte, trata sobre o futuro do mundo sobre o domínio digital.
Na introdução, Nicholas, aborda de forma resumida as vantagens de se trabalhar com bits ao invés de átomos (custo do transporte, facilidade de manuseio, velocidade e qualidade de transmissão, etc.). Ele também fala da informatização do mundo e da crescente necessidade da utilização da informática e os motivos de não lançar seu livro em forma digital.
No capítulo 1, Negroponte mostra o que é bit, “um bit não tem cor, tamanho ou peso e é capaz de viajar a velocidade da luz. Ele é o menor elemento no DNA da informação... Por razões práticas, consideramos que o bit é um 1 ou um 0.” (pág. 19). O autor apresenta a diferença entre bit e átomos, e afirma que embora estejamos na era da informação a maior parte dela ainda chega até nós sob a forma de átomos: jornais, revistas e livros. Mas é otimista e diz que a transição para a vida digital é questão de tempo, “Todas as indústrias, uma após a outra, perguntam-se sobre o seu futuro; pois bem, esse futuro será determinado em 100% pela possibilidade de seus produtos adquirirem forma digital.”(pág. 18). Nicholas reflete sobre a peculiaridade de cada veículo e indaga se com a vida digital a digitalização das informações é capaz de transmitir a mesma sensação que se tem ao ler um jornal impresso, por exemplo. E diz que a saída está na construção de computadores que filtrem, classifiquem as prioridades de cada veículo, “Computadores que leiam jornais, assistam à TV e que ajam como editores quando solicitados. Esse tipo de inteligência pode alojar-se em dois lugares distintos: Do lado transmissor: personalização dos bits transmitidos. Do lado receptor: envio de qualquer informação com seleção das informações pelo receptor através de suas preferências” (pág.25).
Negroponte mostra a transformação da era industrial, da produção em massa preocupada no espaço e tempo, para a era da pós-informação, com os mesmos conceitos, mas menos preocupados com o espaço e tempo. A informação diversificada (para grupos grandes, média, pequenos, até chegar ao indivíduo) e a personalização das informações com base nos interesses de cada indivíduo. O autor também fala sobre a futura definição de "endereço" e a necessidade (ou não) da presença física em algum lugar, a análise offline da informação (nem todas as nossas comunicações precisam ser imediatas e em tempo real, exemplo disso, o e-mail) e a vida digital assincrônica (informações por encomenda).
Negroponte nos propõe analisar essa transição da digitalização da vida, através de três estágios: A era industrial (a era dos átomos, onde o consumo era pelos meios de comunicação de massa e a informação era jogada e o receptor que engolisse o que era transmitido); a era da informação (ainda uma era do consumo de informações através dos meios de comunicação de massa, mas as comunicações tornam-se maiores e começa-se a era informatizada com a chegada do computador); e a era pós-informação (era do consumo por encomenda, comunicação assíncrona, uso de inteligência artificial para transmissão e recepção de informações). Com essa evolução temos maiores possibilidades de comunicação e de consumo, com mais comodidade e interatividade, participação mais ativa e personalização das informações. É uma evolução perigosa e ao mesmo tempo interessante, pois as pessoas iram ver o que é conveniente, pirataria se tornará uma necessidade obrigando a comercialização livre de conteúdos na internet, a indústria de comunicação de massa terá que adaptar a grade de conteúdo e não será necessário o contato físico entre as pessoas, pois com a interatividade será mais cômodo trabalhar em casa do que sair para fazer à mesma coisa que se pode fazer em casa. A vida pode proporcionar mais rapidez e comodidade, se usada corretamente, mas tem o problema de ser uma tecnologia cara e devido a desigualdades econômicas da sociedade vai dar muito trabalho e demorar muito tempo para a sociedade no geral se viver uma vida digital como Negroponte desenhou.
(Resenha realizada pela aluna do 4º período, Pollyanne Soares, do curso Comunicação Social Integrada, para a disciplina de Hipermídia)

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